RESPOSTA: Da concepção da história até a chegada ao público, demorou 3 anos. O projeto de publicação de uma obra literária possui diversas fases. A primeira, escrever a história em si, demorou quatro meses. Após isso, engavetei pois não tinha pretensão de publicar. Amigos próximos leram e viram qualidade na escrita, foi a partir daí que resolvi mostrá-lo ao mundo. Enviei para revisão, reli e acabei reescrevendo alguns trechos. Revisei outra vez. Busquei uma editora e, enfim, publiquei. Ainda vejo falhas no livro e hoje, mais experiente (risos), reescreveria algumas cenas de forma melhor. Com relação a minha rotina de escrita, posso dizer que não escrevo o dia todo, mas escrevo todo o dia, visto que, escrevo onde estiver e quando me dá vontade. Seja no ônibus, na praia ou a espera de uma consulta médica.
Eu, Inabalável terá continuação?
RESPOSTA: Sim, terá continuação. Já possuo todo o storyline pronto e pretendo finaliza-lo no segundo semestre de 2015. Os personagens Valéria e Marcos serão mantidos, haverá outro crime a ser desvendado com outras histórias paralelas.
O que te levou a ser escritor?
RESPOSTA: Devo isso a minha mãe. Ela sempre me incentivou a ler e foi a pessoa que me comprou meus primeiros livros. Foi tão marcante que, apesar de ser ainda muito pequeno, lembro perfeitamente da cena.
O que você tem a dizer para aqueles que querem se tornar escritores? Há muitas dificuldades?
RESPOSTA: O que tenho a dizer é: escreva por amor. Se você tem como objetivo ganhar dinheiro com livro aqui no Brasil, desista agora. Digo isso pois enfrentamos inúmeras dificuldades e as derrotas são infinitamente maiores que as vitórias. Então, o que o faz continuar é o amor pela escrita. Se você ama escrever, se sente feliz com isso, então te incentivo a escrever um livro. E, se for esse o caminho que você quer seguir, você tem que se preocupar e muito com a qualidade. Os leitores merecem um serviço feito com muita dedicação e cuidado.
Pretende publicar outros livros? De quais gêneros?
RESPOSTA: Sim, inclusive já tenho inscrito um romance no prêmio SESC de Literatura 2015. É um romance agnóstico. Os leitores beta adoraram. Vamos ver se ele entra para os pré-selecionados. Quem sabe? (risos)
Qual o sentimento ao saber que Eu, Inabalável está agradando os leitores?
RESPOSTA: O sentimento é de extrema felicidade. Quado terminei o livro, quando o peguei em minhas mãos, analisei a capa, a diagramação, o cheiro... Fiquei com o sentimento de realização. Havia conseguido cumprir o meu objetivo, escrever um livro. Senti muito orgulho. Mas, após publicá-lo e saber que ele agradou muita gente, me senti feliz. É legal saber que você pode criar uma trama que outras pessoas gostem e até se identifiquem.
O que um livro precisa ter para se tornar o seu favorito? Aliás, de quais livros você mais gostou de ler?
RESPOSTA: Tenho uma visão anti-tradicional de livros bons. Aqui no Brasil parece que os leitores só acham que livro bom é aquele que tem mais de 300 páginas. Eu vou no sentido contrário, leitor assíduo, gosto de histórias que me prendem do inicio ao fim, sou daqueles leitores que quado começam a ler só param na ultima página. Dessa forma, livro para ser meu favorito tem que cumprir esse papel, tendo ele 100, 200 ou 500 páginas.
São tantos livros que gostei de ler, que fica díficil listas todos, todavia citarei Agatha Christie por motivo obvios (risos), cito também Aldous Huxley e Isaac Azimov, ambos influciaram meu gosto por ficção científica.
Obrigado pelo convite Carlos, a entrevista ficou ótima! Parabéns!