Vinícius
Grossos é
um jovem escritor brasileiro de 22 anos, natural do estado do Rio de Janeiro.
Na infância, já quis ser desenhista e sonhou em simplesmente trabalhar em uma
livraria, para ter a oportunidade de ler tudo o que fosse possível. Como nem
todos os objetivos de quando criança continuam no coração da maioria das
pessoas, com Vinícius não foi diferente e suas habilidades se desenvolveram
para que ele viesse a se tornar um escritor.
Estudante
de Jornalismo na UFJF, atualmente mora em Juiz de Fora e é colunista no site da
revista todateen. Em 2014 publicou, pela Ed. Selo Jovem, o livro Sereia Negra,
classificado com 4.3, de 5 estrelas, no skoob, o maior site sobre livros do
Brasil.
O
livro Sereia Negra, ambientado em um espaço com seres
sobrenaturais, aborda questões sociais como o racismo, o que é ótimo, pois o
nosso país, segundo a ONU, vive em uma “falsa democracia racial”, a qual usa
como argumento a miscigenação entre diferentes povos e raças para alegar a
inexistência do preconceito racial.
Confira
abaixo uma entrevista exclusiva, cedida por Vinícius Grossos ao blog Interrogação
de Hoje, onde ele fala sobre o seu livro e também um pouco mais sobre si mesmo.
Vinícius, fale sobre você. Quais os seus gostos pessoais e suas
metas profissionais?
Antes
de ser escritor, sou um assíduo leitor, então sim, amo ler. Mas, além disso,
gosto de estar com meus amigos, familiares, meu cachorro. Gosto de ver
desenhos, viajar, e principalmente: comer! Hahahah
Como meta profissional, quero poder me estabelecer no mundo literário,
conseguir lançar meus livros e tocar as pessoas com minhas histórias.
O que dizer do livro Sereia Negra?
Sereia
Negra é um livro de fantasia, mas que ao mesmo tempo consegue dialogar
completamente com temas sociais pertinentes aos dias atuais. Inês é uma menina
aparentemente forte, mas que sofre muito com o racismo. Apesar de não deixar
transparecer, ela nunca se sente boa o suficiente para nada. Até que a mágica
acontece... E Inês descobre que na verdade ela é uma sereia; porém, não apenas
isso. Ela é a única sereia negra do fundo do mar.
De que forma o racismo é abordado no livro?
O
racismo é abordado de uma forma crua e realista. Como o livro é narrado em
primeira pessoa, através da ótica da Inês, o leitor consegue ter uma ideia do
que é estar na pele de alguém que é considerada desajustada e fora dos padrões.
Em relação à igualdade étnica, como você
acha que o Brasil se encontra?
Acho
que o preconceito em relação aos negros está vedado. Hoje em dias as pessoas
que sentem racismo, acabam sentindo um pouco de vergonha de expressar seus
sentimentos. Mas, infelizmente, acabam demonstrando isso de outras formas.
Porém, isso não é verdade absoluta; ainda há muitas pessoas sem noção que
realmente acham que a cor da pele vale mais que valores morais, caráter e etc.
É triste.
Misturar questões sociais da realidade ao
surreal da ficção sobrenatural é uma linha a ser seguida, ou você pretende
publicar outros gêneros?
Eu
quero muito me desafiar e passear por outros gêneros sim. Até porque apesar de
ter amado escrever a história da Inês, meu gênero favorito é o romance
realista, mais especificamente o jovem-adulto!
Trabalhando em alguma futura publicação?
Poderia nos contar um pouco sobre a obra?
Sim,
sim, sim! Este ano sai O Garoto Quase Atropelado, antes da Bienal. E conta a
história de um menino que começa a escrever um diário para sair do princípio de
depressão. É uma história forte, carregada de drama, e bem tocante. Espero que
os leitores se identifiquem com os personagens e vivam suas aventuras juntos
com eles! Estou ansioso!
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